Durante um bom tempo, esse livro dormiu na gaveta.
Não por medo — mas por cuidado. Eu queria que ele nascesse do jeito certo, como se espera o tempo da colheita: com as mãos prontas, mas o coração rendido. O Legado de Arruda é uma história que cresceu em silêncio, entre memórias, orações e muitas páginas rasgadas. Não veio para impressionar. Veio para tocar onde a gente costuma esconder — bem fundo, onde a fé se mistura com a culpa, e o amor vira desculpa pra fugir de Deus.
É uma ficção cristã, sim. Mas do tipo que tem barro na unha e a alma arranhada. Sem heróis perfeitos, sem frases prontas. Aqui, as escolhas são pequenas, mas eternas, como um fio de água correndo cristalino sem fazer alarde, mas que vai marcando o seu caminho na pedra ao longo de muito tempo...
E a redenção não vem sem antes passar pela quebra.
A partir de amanhã, você vai receber um capítulo por semana. Devagar, como se planta milho no interior: uma fileira por vez, confiando que a semente vai saber o que fazer.
Se você decidir andar comigo por essas páginas, saiba: não prometo respostas rápidas. Só presença — a minha e a d’Ele.
Eu amo esse conceito de ir escevendo aos poucos, faz com que a história seja cada vez mais rica e envolvente!
Que bonito! Não me canso de ler este recado. Dá para perceber a inspiração do Espírito Santo, também o carinho e o cuidado em escrever cada palavra...